Três Correntes
Se analisarmos a História da Igreja desde o seu início vemos que três correntes ou três distintas formas de viver a fé cristã têm estado presentes mas nos últimos séculos uma ou outra dessas correntes tem sido exaltada em detrimento das outras.
Essas correntes são a Evangélica, a Litúrgico-sacramental e a Carismática.
Na Igreja Episcopal Carismática essas três correntes são como que afluentes que correm para o grande Oceano da Fé e são vividas de forma equilibrada.
A Corrente Evangélica
Desde sempre a Igreja defendeu a necessidade de cada pessoa, na comunidade eclesial, aceitar individualmente Jesus Cristo como Senhor e Salvador como o primeiro passo para a salvação.
A Igreja também sempre teve em alta estima e reverência a Palavra escrita de Deus para o Seu Povo: a Bíblia Sagrada.
Nela está enunciado o Evangelho, as Boas Novas de Cristo à humanidade e “é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê”[1].
Não partilhando dos excessos cometidos e dos erros defendidos na chamada Reforma, a Igreja Católica Apostólica Carismática saúda o zelo com que os reformadores reabilitaram, exaltaram e dignificaram a Bíblia.
A Corrente Liturgico-sacramental
Liturgia significa “a obra do povo” ou “obra pública em favor do povo”. No contexto cristão entende-se como a acção redentora de Cristo continuada na Igreja e é vista como o exercício do culto a Deus em resposta aos dons maravilhosos que Ele nos deu, dá e dará mas é especialmente também pelo Dom maravilhoso de Jesus Cristo à humanidade. O Povo de Deus sempre foi litúrgico e usou fórmulas e ritos para expressar a Sua fé em Iahweh. Olhando atentamente a Bíblia descobrimos orações, cânticos e rituais destinados a serem repetidos em determinadas ocasiões e segundo regras bem minuciosas.
Jesus Cristo não veio abolir a Lei mosaica mas sim cumprí-la nem veio abolir as manifestações litúrgicas porque Ele próprio e os Seus Apóstolos, após a Sua ascensão, participaram nos serviços do Templo. A Última Ceia não foi um acto espontâneo e inventado à última hora mas sim um ritual que há várias gerações e séculos era repetido. O que Jesus fez foi dar um novo sentido a esse rito e constitui-o um sinal da Nova e Eterna Aliança que culminou na cruz.
Não acreditamos nem praticamos “vãs repetições”, vazias de sentido, mas repetimos aquilo que pode ajudar a edificar a nossa fé e a louvar de forma bela e digna o Nome do Senhor. De qualquer forma, as igrejas contemporâneas, que puseram de lado a liturgia escrita em nome da espontaneidade e da liberdade no Espírito, acabam por ter também liturgia, mesmo que disso não tenham consciência, e lavram também nas repetições que tanto criticam.
A Igreja também desde logo, por mandato e com a autoridade de Cristo, começou a celebrar e a ministrar os Sacramentos, meios pelos quais a Graça de Deus, mediante Jesus Cristo, é infundida no crente utilizando um sinal visível por forma a realizar a Sua vontade entre os homens.
Os sete Sacramentos que a Igreja Episcopal Carismática celebra, de harmonia com o resto do catolicismo, são:
1. Baptismo – Deus estende o Seu braço amoroso a toda a criatura humana, mesmo que ela não o entenda e não tenha capacidade de a Ele responder por ser ainda uma criança. Neste Sacramento Deus purifica-nos dos nossos pecados, adopta-nos como Seus filhos, incorpora-nos na família de santos que é a Igreja e assegura-nos que connosco sempre estará até ao último dia.
2. Confirmação (ou Crisma) – o crente tem a oportunidade de afirmar por si e publicamente a fé que assumiu no Baptismo e, pela imposição das mãos do bispo, é-lhe conferido de forma especial o Espírito Santo para que desse momento em diante fique capacitado pelos dons divinos a trabalhar pelo Reino de Deus.
3. Eucaristia (ou Missa ou ainda Ceia do Senhor) – o crente é alimentado com a comida espiritual do Corpo e Sangue de Cristo. A Eucaristia é penhor de alimento, de renovação e de fortalecimento para o desempenho das nossas tarefas quotidianas. O cristão beneficiará muito se frequentar assiduamente a Eucaristia porque diz Jesus “Eu sou o pão vivo descido do céu. Quem comer deste pão viverá para sempre. E o pão que Eu dou é o Meu próprio corpo oferecido para que tenham vida (...). Aquele que come o Meu corpo e bebe o Meu sangue tem a vida eterna, e Eu o ressuscitarei. Pois o Meu corpo é verdadeira comida e o Meu sangue é verdadeira bebida. Quem comer o Meu corpo e beber o Meu sangue vive unido a Mim e Eu a ele.”[2]
4. Reconciliação (ou Confissão) – quando pecamos e nos afastamos da glória de Deus Deus dá-nos o Sacramento da Confissão para lançarmos sobre Ele a nossa culpa e d´Ele recebermos a absolvição, o perdão e o Seu poder para vivermos em santidade.
5. Matrimónio – neste sacramento Deus une o homem e a mulher para que, numa só carne, possam crescer e multiplicar--se e assim espalhar-se sobre toda a terra para ter domínio sobre ela e para produzir os frutos das boas obras.
6. Unção dos doentes – quando adoecemos Deus providencia-nos o Sacramento da Cura para que, libertos da doença e das amarras espirituais, possamos cumprir a Sua vontade.
7. Sagradas Ordens – No Sacramento da Ordem Deus escolhe e separa para o Seu povo líderes (bispos, presbíteros e diáconos) que o representem para que a Sua presença se torne visível e para que possamos saber a Sua vontade para a Sua Igreja. Pela Ordem a missão dada por Jesus Cristo aos Seus Apóstolos é continuada hoje na Igreja até que Ele venha. Os ordenados são não só escolhidos e designados mas são também consagrados pelo próprio Cristo pelas mãos do bispo e recebem um dom especial e indelével do Espírito Santo para exercerem o seu ministério.
A Corrente Carismática
Na festa do Pentecostes, cinquenta dias após a Páscoa, por ordem de Jesus, os discípulos reuniram-se no cenáculo e em espírito de oração esperaram pela descida do Espírito Santo. “De repente veio do céu um barulho, como o de um vento forte, que ressoou por toda a casa onde se encontravam. Apareceu-lhes então uma espécie de línguas de fogo, que se espalhavam, e desciam sobre cada um deles. Todos ficaram cheios do Espírito Santo e começaram a falar noutras línguas, conforme o Espírito Santo lhes inspirava.” [3]
Noutras ocasiões também o Espírito Santo se manifestou e é claro através das Cartas de Paulo que os dons ou carismas não se destinaram apenas aos Apóstolos nem a uma determinada época mas que todo o crente os possui em número e em intensidade variada.
Assim, a Igreja Episcopal Carismática exorta os crentes a que exercitem os dons que o Espírito Santo conferiu a cada um para edificação de todos.
É habitual nos nossos cultos as pessoas orarem em línguas, terem visões, exercerem a profecia e orarem pela cura dos enfermos, tudo com ordem e na inspiração do Espírito Santo.
[1] Rm 1,16
[2] Jo 6,51.54-5
[3] Actos 2,2-4
Essas correntes são a Evangélica, a Litúrgico-sacramental e a Carismática.
Na Igreja Episcopal Carismática essas três correntes são como que afluentes que correm para o grande Oceano da Fé e são vividas de forma equilibrada.
A Corrente Evangélica
Desde sempre a Igreja defendeu a necessidade de cada pessoa, na comunidade eclesial, aceitar individualmente Jesus Cristo como Senhor e Salvador como o primeiro passo para a salvação.
A Igreja também sempre teve em alta estima e reverência a Palavra escrita de Deus para o Seu Povo: a Bíblia Sagrada.
Nela está enunciado o Evangelho, as Boas Novas de Cristo à humanidade e “é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê”[1].
Não partilhando dos excessos cometidos e dos erros defendidos na chamada Reforma, a Igreja Católica Apostólica Carismática saúda o zelo com que os reformadores reabilitaram, exaltaram e dignificaram a Bíblia.
A Corrente Liturgico-sacramental
Liturgia significa “a obra do povo” ou “obra pública em favor do povo”. No contexto cristão entende-se como a acção redentora de Cristo continuada na Igreja e é vista como o exercício do culto a Deus em resposta aos dons maravilhosos que Ele nos deu, dá e dará mas é especialmente também pelo Dom maravilhoso de Jesus Cristo à humanidade. O Povo de Deus sempre foi litúrgico e usou fórmulas e ritos para expressar a Sua fé em Iahweh. Olhando atentamente a Bíblia descobrimos orações, cânticos e rituais destinados a serem repetidos em determinadas ocasiões e segundo regras bem minuciosas.
Jesus Cristo não veio abolir a Lei mosaica mas sim cumprí-la nem veio abolir as manifestações litúrgicas porque Ele próprio e os Seus Apóstolos, após a Sua ascensão, participaram nos serviços do Templo. A Última Ceia não foi um acto espontâneo e inventado à última hora mas sim um ritual que há várias gerações e séculos era repetido. O que Jesus fez foi dar um novo sentido a esse rito e constitui-o um sinal da Nova e Eterna Aliança que culminou na cruz.
Não acreditamos nem praticamos “vãs repetições”, vazias de sentido, mas repetimos aquilo que pode ajudar a edificar a nossa fé e a louvar de forma bela e digna o Nome do Senhor. De qualquer forma, as igrejas contemporâneas, que puseram de lado a liturgia escrita em nome da espontaneidade e da liberdade no Espírito, acabam por ter também liturgia, mesmo que disso não tenham consciência, e lavram também nas repetições que tanto criticam.
A Igreja também desde logo, por mandato e com a autoridade de Cristo, começou a celebrar e a ministrar os Sacramentos, meios pelos quais a Graça de Deus, mediante Jesus Cristo, é infundida no crente utilizando um sinal visível por forma a realizar a Sua vontade entre os homens.
Os sete Sacramentos que a Igreja Episcopal Carismática celebra, de harmonia com o resto do catolicismo, são:
1. Baptismo – Deus estende o Seu braço amoroso a toda a criatura humana, mesmo que ela não o entenda e não tenha capacidade de a Ele responder por ser ainda uma criança. Neste Sacramento Deus purifica-nos dos nossos pecados, adopta-nos como Seus filhos, incorpora-nos na família de santos que é a Igreja e assegura-nos que connosco sempre estará até ao último dia.
2. Confirmação (ou Crisma) – o crente tem a oportunidade de afirmar por si e publicamente a fé que assumiu no Baptismo e, pela imposição das mãos do bispo, é-lhe conferido de forma especial o Espírito Santo para que desse momento em diante fique capacitado pelos dons divinos a trabalhar pelo Reino de Deus.
3. Eucaristia (ou Missa ou ainda Ceia do Senhor) – o crente é alimentado com a comida espiritual do Corpo e Sangue de Cristo. A Eucaristia é penhor de alimento, de renovação e de fortalecimento para o desempenho das nossas tarefas quotidianas. O cristão beneficiará muito se frequentar assiduamente a Eucaristia porque diz Jesus “Eu sou o pão vivo descido do céu. Quem comer deste pão viverá para sempre. E o pão que Eu dou é o Meu próprio corpo oferecido para que tenham vida (...). Aquele que come o Meu corpo e bebe o Meu sangue tem a vida eterna, e Eu o ressuscitarei. Pois o Meu corpo é verdadeira comida e o Meu sangue é verdadeira bebida. Quem comer o Meu corpo e beber o Meu sangue vive unido a Mim e Eu a ele.”[2]
4. Reconciliação (ou Confissão) – quando pecamos e nos afastamos da glória de Deus Deus dá-nos o Sacramento da Confissão para lançarmos sobre Ele a nossa culpa e d´Ele recebermos a absolvição, o perdão e o Seu poder para vivermos em santidade.
5. Matrimónio – neste sacramento Deus une o homem e a mulher para que, numa só carne, possam crescer e multiplicar--se e assim espalhar-se sobre toda a terra para ter domínio sobre ela e para produzir os frutos das boas obras.
6. Unção dos doentes – quando adoecemos Deus providencia-nos o Sacramento da Cura para que, libertos da doença e das amarras espirituais, possamos cumprir a Sua vontade.
7. Sagradas Ordens – No Sacramento da Ordem Deus escolhe e separa para o Seu povo líderes (bispos, presbíteros e diáconos) que o representem para que a Sua presença se torne visível e para que possamos saber a Sua vontade para a Sua Igreja. Pela Ordem a missão dada por Jesus Cristo aos Seus Apóstolos é continuada hoje na Igreja até que Ele venha. Os ordenados são não só escolhidos e designados mas são também consagrados pelo próprio Cristo pelas mãos do bispo e recebem um dom especial e indelével do Espírito Santo para exercerem o seu ministério.
A Corrente Carismática
Na festa do Pentecostes, cinquenta dias após a Páscoa, por ordem de Jesus, os discípulos reuniram-se no cenáculo e em espírito de oração esperaram pela descida do Espírito Santo. “De repente veio do céu um barulho, como o de um vento forte, que ressoou por toda a casa onde se encontravam. Apareceu-lhes então uma espécie de línguas de fogo, que se espalhavam, e desciam sobre cada um deles. Todos ficaram cheios do Espírito Santo e começaram a falar noutras línguas, conforme o Espírito Santo lhes inspirava.” [3]
Noutras ocasiões também o Espírito Santo se manifestou e é claro através das Cartas de Paulo que os dons ou carismas não se destinaram apenas aos Apóstolos nem a uma determinada época mas que todo o crente os possui em número e em intensidade variada.
Assim, a Igreja Episcopal Carismática exorta os crentes a que exercitem os dons que o Espírito Santo conferiu a cada um para edificação de todos.
É habitual nos nossos cultos as pessoas orarem em línguas, terem visões, exercerem a profecia e orarem pela cura dos enfermos, tudo com ordem e na inspiração do Espírito Santo.
[1] Rm 1,16
[2] Jo 6,51.54-5
[3] Actos 2,2-4