A Linhagem Apostólica da Igreja Episcopal Carismática
A Igreja Episcopal Carismática, desde a sua fundação em 1992, é possuidora uma sucessão episcopal válida. Mas devido a dificuldades de verificabilidade e documentação que poderiam causar um certo embaraço no relacionamento com outras Igrejas católicas, a Câmara dos Bispos buscou a direcção de Deus.
Havia duas hipóteses: ou se despendia tempo e quantias exorbitantes no levantamento de cópias autênticas dos documentos consecratórios e de notícias da imprensa, algo incomportável, ou Deus daria à Igreja Episcopal Carismática a oportunidade de receber um reforço da sua linhagem provindo de uma Igreja de doutrina e práticas ortodoxas com uma linhagem apostólica verificável.
Deus não demorou muito a responder...
Por coincidência, mas não por acaso, um dos nossos bispos “tropeçou” num artigo que falava de um ramo da Igreja católica que possuia ao mesmo tempo uma sucessão verificável e forte. A seu tempo descobriu-se que a sucessão desta Igreja era reconhecida tanto pelos ramos da Igreja do Ocidente como do Oriente: tratava-se da Igreja Católica Apostólica do Brasil. Esta Igreja fora fundada em 1945 pelo Bispo (católico romano) Carlos Duarte Costa, antigo Bispo Titular de Maura e que cortou a sua comunhão com Roma na sequência de um diferendo entre o povo brasileiro e o núncio apostólico da época. A ICAB expandiu-se para outros países, entre eles o México, sendo agora conhecida como Igreja Católica Apostólica Nacional.
Foi então estabelecido contacto com o seu Patriarca, sua Excelência Reverendíssima Luiz Fernando Castillo-Mendez, sucessor de D. Duarte Costa. Do diálogo encetado resultou que no dia 5 de Novembro de 1997 D. Castillo-Mendez impôs as mãos sobre os Bispos da Igreja Episcopal Carismática conferindo-lhe assim uma linha de sucessão apostólica[1] que dista apenas uma consagração de uma linha católica romana que remonta até ao trono de S. Pedro.
A Igreja Episcopal Carismática não rejeita as suas origens e assume-as mas com este reforço a questão da verificabilidade da validez das suas ordens fica de vez arrumada. Podemos assim entrar sem acanhamentos no diálogo que se desenrola no seio da Igreja Una Santa Católica e Apostólica, pois dispomos das necessárias credenciais.
[1] A chamada “Sucessão Rebibiana”. D. Scipione Rebiba, Bispo de Amicle, consagrado em 16 de Março de 1541, possivelmente pelo Papa Paulo IV, está na origem de três linhagens episcopais ainda existentes: a de Uchanski, a de Gesualdo e a de de Bovet. A grande maioria dos actuais bispos católicos romanos faz remontar a sua linhagem a D. Scipione Rebiba. Por que é tão importante este prelado? Muito se deve ao Papa Bento XIII que ordenou 139 bispos durante o seu episcopado e pontificado, incluindo muitos cardeais, diplomatas papais e bispos de Dioceses importantes que por sua vez ordenaram muitos outros. O bispo que consagrou Bento XIII terá sido ordenado por D. Scipione Rebiba mas tal não está cabalmente documentado.